Evolução dos óbitos, 2000-2021
Em decorrência da pandemia de Covid-19, o número de óbitos no Estado teve aumento expressivo em 2020, que se intensificou ainda mais em 2021, como mostram as estatísticas do registro civil produzidas pelo Seade. Enquanto até 2019 o acréscimo contínuo observado, devido principalmente ao crescimento populacional e envelhecimento demográfico, foi em média de 1,3% ao ano, entre 2019 e 2020 passou para 14,7% e, entre 2020 e 2021, para 23,0%. O total de mortes chegou a 427,6 mil em 2021, 41,0% a mais do que em 2019.
Óbitos, por grupos de idade, 2019-2021
O acréscimo no total de óbitos da população paulista incidiu mais fortemente nos adultos e idosos, com diferenças marcantes entre as faixas etárias. Os idosos de 60 a 69 anos apresentaram o maior aumento absoluto, com 30,3 mil mortes a mais entre 2019 e 2021, seguido daqueles de 70 a 79 anos, com 28,0 mil. Contudo, o maior aumento relativo foi observado para o grupo de 40 a 49 anos, que registrou 78% de mortes a mais no período, e daqueles de 30 a 39 anos e 50 a 59 anos, ambos com incremento de 64%.
Evolução regional dos óbitos mensais
RMSP e Interior (1) do Estado, jan.2019-dez.2021
(1) Corresponde ao Estado menos a RMSP.
A pandemia avançou em todo o território paulista, impactando de forma distinta os totais de óbitos da RMSP e do Interior. Entre janeiro de 2019 e março de 2020, as duas regiões apresentavam padrões evolutivos similares, com volume maior de mortes no Interior. Somente em abril e maio de 2020 as mortes na RMSP superaram o patamar do Interior. O maior volume de óbitos ocorreu em março de 2021 nessas duas regiões, sendo que na RMSP diminuiu já em abril, ao passo que no Interior permaneceu mais elevado até maio.
Óbitos, por mês de ocorrência, 2019-2021
Se, por um lado, a pandemia foi determinante no aumento das mortes no Estado, por outro, as medidas sanitárias implementadas vêm contribuindo para sua retração. A evolução mensal dos óbitos acompanhou a tendência da pandemia, ampliando sistematicamente seu volume a partir de março de 2020. Destaca-se o maior número em março de 2021, que dobrou em relação a 2019 e totalizou cerca de 50 mil mortes em apenas um mês. Desde julho de 2021, há tendência de queda e, após setembro, o volume mensal fica inferior ao de 2020.