outubro.2021

Tendências do saldo vegetativo paulista

Nascimentos, óbitos e saldo vegetativo, 2000-2020

O saldo vegetativo, que representa a diferença entre nascimentos e óbitos e dimensiona o crescimento natural da população, apresentou trajetória decrescente no Estado ao longo dos últimos 20 anos. Essa tendência deve-se à redução do volume de nascimentos, consequência direta da queda da fecundidade, e ao contínuo aumento de óbitos, associado ao processo de envelhecimento populacional. Em decorrência da elevada quantidade de mortes causadas pela pandemia de Covid-19, 2020 registrou o menor saldo do período.

Saldo vegetativo mensal, 2018-2020

A comparação do saldo vegetativo entre os mesmos meses do período de 2018 a 2020 mostra nítida redução, que se intensifica no último ano em consequência dos efeitos da pandemia. Em 2020, maio e agosto registraram as quedas mais expressivas em relação aos anos anteriores. Os padrões de distribuição mensal do saldo vegetativo se assemelham nos três anos, indicando saldos mais elevados no primeiro semestre, determinados principalmente pelo maior número de nascimentos nesses meses.

Nascimentos, óbitos e saldo vegetativo mensal, 1º sem.2021

No primeiro semestre de 2021, o saldo vegetativo mensal no Estado de São Paulo foi negativo em março, abril e junho, sendo que em maio, apesar de positivo, ficou próximo de zero. Esse fenômeno é resultado do rápido aumento das mortes provocadas pela pandemia, que superaram o volume de nascimentos nesses meses. Tal situação deve se reverter no segundo semestre com a diminuição dos óbitos, retornando a valores positivos e mantendo a tendência decrescente observada anteriormente.

Nascimentos, óbitos e saldo vegetativo mensal

Região Metropolitana de São Paulo e Interior, 1º sem.2021

A evolução do saldo vegetativo na RMSP e no Interior segue tendência semelhante nos três primeiros meses de 2021, com saldos positivos em janeiro/fevereiro e negativos em março. A partir de abril as trajetórias divergem, com recuperação de saldos positivos na RMSP, enquanto no Interior os valores permanecem negativos até junho. Essa diferença se explica pelo número de óbitos, que diminui na RMSP e se mantém elevado no Interior. Por sua vez, o comportamento dos nascimentos foi similar nas duas regiões.

Fonte: Fundação Seade.
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